ARTIGO - Porque o arroz está tão caro para o consumidor?

Com a pandemia, alguns dos principais fornecedores globais de arroz se retiraram do mercado
Por Giuliano Ferronato, Corretora Mercado
23/10/2020 | 873

ARTIGO - Porque o arroz está tão caro para o consumidor?

Com a pandemia, alguns dos principais fornecedores globais de arroz se retiraram do mercado
Por Giuliano Ferronato, Corretora Mercado
23/10/2020 | 873

Os preços das commodities agrícolas no Brasil estão em alta e o arroz não poderia ser diferente. Sendo comercializado acima de R$ 100 a saca, a elevação estaria acontecendo por uma soma do superaquecimento da demanda mundial provocada pela pandemia de covid-19, aliada à forte valorização do dólar frente ao real e à falta de incentivo à atividade orizícola no Brasil nos últimos 10 anos. Mesmo com incremento de produtividade, a área plantada caiu e muitos e muitos produtores migraram para outras culturas mais rentáveis, como a soja e milho.

 

Com a pandemia, alguns dos principais fornecedores globais de arroz, como a Índia e a Tailândia, se retiraram do mercado, fazendo com que houvesse uma maior procura pelo cereal brasileiro.  De março a agosto deste ano, a demanda internacional pelo arroz do Brasil deu um salto, na comparação com igual período de 2019. Isso fez com que o Brasil se tornasse um grande fornecedor no mercado mundial de arroz, criando uma oportunidade interessante para produtores e indústrias de beneficiamento, devido à valorização cambial”. Ao mesmo tempo, a pandemia fez com que um maior número de brasileiros mudasse os hábitos alimentares e passasse a fazer as refeições mais em suas casas, o que igualmente elevou a demanda interna. 

 

Outro fator foi o auxílio emergencial de R$ 600,00 é um dos fatores que estimulou o consumo. Cerca de 65 milhões de pessoas receberam o auxílio do governo – ? da população do país. A maioria dos beneficiários faz parte da população de baixa renda, que usa o dinheiro para comprar produtos básicos para o dia a dia. Em consequência desse contexto, houve uma valorização do cereal, cuja saca de 50 quilos passou de R$ 45 em março para R$ 110 em setembro. No mercado interno, o preço do produto também se recuperou, com o quilo entre R$ 5 e R$ 7 no varejo. 

 

Esse patamar de preço deve permanecer, o que dará sustentabilidade à cadeia e deve garantir o abastecimento nos próximos anos, sem sobressaltos como o ocorrido neste ano em razão da covid-19.

 

Confira as cotações atualizadas no mercado do arroz

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