No dia 10 de fevereiro foi comemorado o Dia Mundial do Feijão. Um produto protagonista na mesa das famílias brasileiras, sendo o país um dos maiores produtores globais da leguminosa. Em relação ao mercado, o cenário atual por aqui é de pouco produto disponível após uma nova diminuição na área plantada com a cultura no início do ano. “Além da redução de área plantada, os excessos de chuvas em Minas Gerais também impactaram na produção”, destacou Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), e sócio da Correpar, corretora paranaense associada à Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), responsável por conectar produtores e compradores do produto de diferentes regiões.
A falta de produto ofertado impacta de forma imediata nos preços que chegaram a valores recordes em janeiro deste ano no país. “O ano iniciou com valores girando em torno de US$ 70 a saca, o que nunca aconteceu antes”, comentou Lüders. A próxima safra começa a ser plantada entre os meses de abril e maio, sendo três safras por ano no total. “Até lá, teremos pouca oferta de feijão mas, como o preço já está muito alto, fica até difícil pensar em novas valorizações porque não sabemos até onde o consumidor suporta”, ponderou. Hoje, a saca de 60kg de feijão preto aparece no patamar dos R$ 300,00 no Porto de Paranaguá, no Paraná. Já o feijão tipo cores está cotado em R$ 337,00 (saca) no oeste da Bahia, onde há queda de 8,78% ao mês. Enquanto isso, em Primavera do Leste (MT) a saca está em R$ 335,00 com alta de 7,5% no acumulado de 30 dias, conforme o Indicador BBM.
Além do cenário interno, o mercado de feijão e pulses deve estar no foco das negociações internacionais nos próximos dias. A Índia, um dos principais produtores da cultura, solicitou acordo fixo sanitário com o Brasil em pulses, o país asiático quer comprar do Brasil diferentes tipos de feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico e outras variedades que ainda não são produzidas lá. “Estamos cuidando para cumprir com as exigências e os protocolos necessários para esse acordo fitossanitário”, disse. O Ibrafe estará na Índia no dia 14 de fevereiro, com a expectativa de assinar uma aliança com os indianos. “É necessário que nós tenhamos segurança para produzir ao mesmo tempo em que eles querem ter segurança alimentar com o consumo desses produtos”, finalizou.
A Bolsa Brasileira de Mercadorias
Introdução e Resumo da Política de Privacidade da Bolsa