Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgados na última semana, as exportações totais do produto brasileiro, entre grãos verdes e industrializados, somaram um recorde de 3,74 milhões de sacas em outubro, alta de 29,1% na comparação anual. “Esse aumento da exportação brasileira se deve ao grande volume de vendas para entrega futura, cujos vencimentos se concentram neste período. O produtor firma um contrato para a entrega deste produto neste período e, com isso, o exportador brasileiro já tem compromisso com um importador”, explica o corretor Luiz Furlan.
Foram 3,091 milhões de sacas de café arábica, crescimento de 20,2%, e 364,715 mil sacas de café conilon, o que representa um acréscimo de 1.769,8%. A importante alta dos embarques de conilon é reflexo da recuperação da produção no Espírito Santo depois de duas safras afetadas pela seca e os números poderiam ter sido ainda melhores. “Continuamos com os problemas de rolagem dos embarques nos navios, caso contrário, poderíamos ter atingido o patamar de 4 milhões de sacas”, afirmou em nota o presidente da entidade, Nelson Carvalhaes.
De acordo com as estatísticas, o Brasil é o país que mais sofre as oscilações de volume de safra devido às condições climáticas, especialmente pela ocorrência de geada e seca. Além disso, o café brasileiro é a fatia mais importante dos principais blends internacionais. “O café brasileiro sempre teve uma participação importante no mercado mundial. Somos o maior produtor da commodity, com o dobro da produção do segundo colocado. Portanto, somos o maior fornecedor de café para os importadores”, argumenta Furlan.
Os dados apontam ainda uma performance positiva para os próximos meses. “Agora, o fator mais importante para todo esse crescimento de volume de vendas é o aumento da safra brasileira. Estamos batendo o recorde de colheita de café, para a safra 2018, com o total a ser conhecido entre 60 e 65 milhões de sacas”, finaliza Furlan.
Luiz Furlan atua no mercado do café há mais de 30 anos. A história dele com o grão começou em Guaxupé (MG). Hoje, ele está à frente da Furlan Corretora que é uma empresa de corretagem de café no mercado físico, com atuação também no mercado futuro. Furlan ainda dirige a CMM Corretora Mineira de Mercadorias, composta por seis corretoras de Varginha (MG). A CMM foi constituída na criação da Bolsa Brasileira de Mercadorias.
A Bolsa Brasileira de Mercadorias
Introdução e Resumo da Política de Privacidade da Bolsa