Na última semana, foi realizada a 33ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Milho e Sorgo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Quem representou a Bolsa Brasileira de Mercadorias no encontro foi Luiz Antônio Britto, da Cerrado Corretora. A reunião foi coordenada pelo presidente da Câmara, Sérgio Luiz Bortolozo, e tratou de expectativas de produção e sobre os cenários para o mercado do grão, além do endividamento rural e outras pautas.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) dividiu com os participantes a Conjuntura do Mercado do Milho. Em seu último relatório, a Conab revisou para cima a estimativa para a safra brasileira de grãos. A projeção de 246,369 milhões de toneladas, representa um crescimento de 1,8% na comparação com a temporada 2018/2019 e um novo recorde de produção de grãos. Já a produção de milho passou por uma leve revisão para baixo.
Tenha acesso completo aos levantamentos e relatórios da Companhia clicando aqui
Na sequência, Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, falou sobre Agricultura 4.0 e suas e ameaças para os negócios de base tecnológica na cadeia produtividade de milho e sorgo no Brasil. De acordo com Durães, a atual trajetória para a produção agrícola é insuficiente para nutrir a população mundial até 2050 e para enfrentar os desafios pós-Revolução Verde é preciso considerar o potencial das ciências das plantas.
Acesse ao conteúdo completo da apresentação da Embrapa
Já a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) levantou o tema do abastecimento do milho na visão das agroindústrias. Segundo a ABPA, a queda nos estoques globais passou de 28,8% para 26,9% este ano. Enquanto isso, as exportações brasileiras aparecem próximas de 41 milhões de toneladas entre janeiro e outubro de 2019, volume acima do registrado no mesmo período de anos anteriores. Em 2018, o total de volume embarcado no período, foi de 23,2 mi/ton. No ambiente interno, o etanol aparece como o mais novo grande consumidor do grão no Brasil.
Acesse o conteúdo completo da apresentação da ABPA
Daniel Furlan, economista-chefe da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), falou em relação à proposta de revisão das Instruções Normativas do Ministério da Agricultura nº 11/2017 e nº 60/2011, relacionadas à classificação de soja e milho. Furlan falou sobre a necessidade de tratar com seriedade o tema das chamadas “sementes tóxicas” e sugeriu a criação de um grupo de trabalho para tratar do tema.
Por último, André Nassar, presidente da Abiove, falou sobre a fiscalização e o controle no uso de agroquímicos em produtos armazenados e destacou a importância da Europa para o mercado do milho brasileiro. Para aumentar o este tipo de controle, a Abiove propôs intensificar programas de conscientização e capacitação, aumentar as fiscalizações, elevar a divulgação de Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Grãos, além de pedir maior rigidez por parte da indústria quanto ao recebimento de produtos não conformes com a legislação nacional.
Acesse o conteúdo completo da apresentação da Abiove
Acesse a pauta completa e a memória da 33º Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Milho e Sorgo. O próximo encontro da Câmara será no dia 20 de março do ano que vem.
A Bolsa Brasileira de Mercadorias
Introdução e Resumo da Política de Privacidade da Bolsa