Próximo da semeadura que inicia em abril, produtores brasileiros de trigo mantém o foco na colheita da safra de verão e no cultivo do milho segunda safra. Conforme pesquisadores do Centro de estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os compradores estão no aguardo do enfraquecimento do dólar frente ao real, o que reduziria a paridade de importação e também os custos com as compras externas.
Acompanhando o cenário nacional, a cadeia produtiva do trigo de São Paulo prevê um aumento de até 15% na área plantada, resultando em um novo recorde de produção para SP. O estado paulista é o terceiro maior produtor do cereal no Brasil, atrás do Paraná e Rio Grande do Sul e praticamente empatado com Minas Gerais. “Com isso, atingiríamos 95 mil hectares”, explica Victor Oliveira, presidente da Câmara Setorial do Trigo em São Paulo, a projeção é de aumento de área no estado paulista. No último ano a produtividade não foi das melhores, rondando três toneladas por hectare mas, para este ano, as perspectivas são mais otimistas.
Ao sul, de acordo com Giuliano Ferronato, da Mercado Corretora, associada à Bolsa Brasileira de Mercadorias, o mercado de trigo tanto do Rio Grande do Sul como de Santa Catarina está praticamente estável. “Não houve muita oscilação de preço nesses 15 dias. A indústria não consegue repassar este valor mais elevado ao consumidor interno”, resumiu. Ainda segundo o corretor, a indústria está com receio de seguir com esses valores para as tradings e aguardam o produtor mudar de posição.
No Rio Grande do Sul, o valor da saca tonelada do trigo Tipo 1 varia entre R$ 1.420,00 e R$ 1.430,00 durante o mês de março, segundo apontamento do indicador de preços da Bolsa Brasileira de Mercadorias. Já no estado do Paraná, maior produtor nacional, a variação está entre R$ 1.580,00 e R$ 1.600,00 a tonelada, enquanto, em Santa Catarina, o preço da tonelada na região de Campos Novos aparece em R$ 1.400,00.
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