Preços do milho e do arroz disparam na semana

Confira as cotações atualizadas no Indicador BBM
Por Bolsa Brasileira de Mercadorias BBM
14/08/2020 | 161

Preços do milho e do arroz disparam na semana

Confira as cotações atualizadas no Indicador BBM
Por Bolsa Brasileira de Mercadorias BBM
14/08/2020 | 161

A semana foi novamente marcada por intensas altas no mercado brasileiro do milho. “As valorizações do produto vem ocorrendo devido à forte procura do cereal para exportação diante da desvalorização do real”. A afirmação é de quem acompanha o mercado de perto todos os dias. Sérgio Fontoura Júnior é da corretora gaúcha Renato Agronegócios, associada à Bola Brasileira de Mercadorias. Ele explica que, em relação ao produto interno disponível, o milho que vem chegando da chamada safrinha abastece o mercado, o que deve seguir assim até fim deste mês e meados de setembro, enquanto as indústrias devem procurar compras de milho para outubro e novembro.

 

Na região de Erechim (RS), o milho disponível atingiu o preço no mercado vendedor de R$ 57,00 no FOB , em pleno período de colheita da segunda safra do cereal. Também no estado gaúcho, o Porto de Rio Grande registrou nos últimos dias o preço de R$56,00 a saca do milho safra 2021 com pagamento em março. “Os preços têm tudo para se manter em altas agora para setembro e outubro, por aqui no Rio Grande do Sul”, acrescentou o corretor.

 

No mercado futuro, o cenário altista se repete. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 chegou a R$ 57,00 (a saca) na B3 esta semana. De acordo com a corretora, com o dólar firme e bem valorizado, a tendência é as exportações pegarem força e puxarem o preço do milho ainda mais no mercado interno. “Com a nossa moeda desvalorizada, fica complicado segurar milho no mercado interno onde a indústria não consegue acompanhar ainda os preços das negociações já da safra 2021”, argumentou.

 

 

Segundo a corretora, algumas indústrias já procuram fazer compras, mas, sem êxito, devido a pouca oferta dentro do que estão dispostas a pagar. Os vendedores e as cooperativas, por sua vezes, não liquidam os contratos pois o produtor não quer vender pelo preço oferecido pela indústria. “Com isso, uma queda de braço inicia para ver quem vai ceder primeiro”, finalizou.

 

Toas as praças levantadas no indicador de preços da Bolsa Brasileira de Mercadorias, apresentam altas mensais significativas nas cotações do cereal. A maior delas é observada em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia. A saca de milho na região tem valorização de 16% no acumulado de trinta dias e é vendida por R$ 43,00.

 

 

Arroz também dispara na semana

 

O preço do arroz também registrou valorizações esta semana. As valorizações também são vistas em todas as regiões levantadas no Indicador BBM. Em Minas Gerais, região de sequeiro, a alta mensal do preço do cereal ultrapassa de 12%. No Rio Grande do Sul, maior produtor nacional de arroz, as maiores altas mensais são vistas em Dom Pedrito e Uruguaiana, com acréscimo de 33% nos últimos 30 dias, com valor de R$ 81,50 e R$ 82,00, respectivamente. Já o maior valor pago pela saca no estado gaúcho, é registrado em Santo Antônio da Patrulha, de R$ 85,00.

 

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