No momento em que espera por um recorde histórico de exportação, o Brasil já começa a contabilizar um incremento de 26% na área plantada do algodão em pluma para a temporada. A estimativa é da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Já a produtividade, deverá subir cerca de 1,7 mil quilos de pluma por hectare se essas mesmas previsões se confirmarem. Tudo isso só será possível graças à qualidade do algodão em pluma nacional, que se deve ao desenvolvimento de novas sementes, à tecnologia empregada na produção e à organização de toda cadeia produtiva.
Em entrevista ao Canal do Boi, para o programa Mercado Futuro, comandado pelo jornalista Antônio Reche, o presidente do Conselho Administrativo da Bolsa Brasileira de Mercadorias, João Paulo Lefèvre, falou sobre os desafios do setor algodoeiro, como a presença dos fundos de especulação no mercado, a exemplo do que ocorre no café. “Se eles (os fundos) resolvem investir uma pequena parcela dos seus recursos no mercado, eles têm o poder de direcionar os preços. Produtores e trader’s devem ficar atentos a esses movimentos porque, se eles fizerem uma força contrária, seria como ficar parado na frente de uma locomotiva a 500 quilômetros por hora tentando freá-la”, compara. A dica do sócio da Lefèvre Corretora, empresa que atua no mercado há mais de 80 anos, é usar esse fator para aproveitar o momento e acompanhar a tendência de mercado.
A Lefèvre Corretora é uma das 140 corretoras de mercadorias associadas à Bolsa Brasileira de Mercadorias, 40 delas, são especializadas no mercado algodoeiro. Atualmente, a Bolsa Brasileira de Mercadorias negocia acima de 60% de toda produção de algodão comercializada no país. “O fato de fazer o contrato por meio dos corretores da Bolsa, dá a segurança de ter o amparo da Câmara Arbitral para dirimir qualquer pendência que possa ocorrer na assinatura desse contrato, dando mais solidez à negociação dentro de um mercado já super organizado. Esperamos que essa fatia seja crescente em 2019”, torce Lefèvre.
De acordo com o presidente do Conselho, esta segurança contratual está garantindo negociações com até dois anos de antecipação, isso, no mercado físico. “Se esse produtor está disposto a vender a safra de 2021, obviamente, tem algum comprador, então, se eles fazem o negócio através das nossas corretoras e tem um amparo de um juiz arbitral, eles sabem que, em 2021, o produtor vai entregar a mercadoria dele e o comprador vai receber e vai pagar, porque senão, ele vai estar sujeito a uma arbitragem da Bolsa, que é uma ferramenta muito mais rápida, ágil e eficiente para resolver uma pendência do que entrar numa justiça comum e levar 10 anos para resolver”, enfatiza o corretor.
Também em uma entrevista ao Canal do Boi, o corretor Jan Robert Daniel falou ao jornalista Valter Puga Júnior sobre as perspectivas para o setor para 2019. “Acho que o Brasil vai continuar se destacando e, quem sabe, passaremos ao primeiro lugar como player de mercado. Não em 2019, por questões de infraestrutura, mas muito em breve”, estima. Hoje, o primeiro lugar é ocupado pelos Estados Unidos. (Confira a entrevista clicando aqui).
Confira a cotação atualizada do algodão em pluma no indicador BBM
A Bolsa Brasileira de Mercadorias
Introdução e Resumo da Política de Privacidade da Bolsa